segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Será?

Há coisas impossíveis de pronunciar,
eu sei, é impossível acreditar,
mas preciso de ti.
Se eu disser que é uma emergência vens?
Chamo-te e não respondes,
tens medo se tenho cães?

Eu não chamo mais ninguém,
persisto 
nisto.
Enquanto o sol rema nas nuvens
eu não sei se vens,
mas sigo o trajecto 
ouvindo cada dialecto
da tua boca directo.
Será que vens?

E cada passo de pássaro
parece o teu,
e cada olhar que reparo,
toca no meu.
Será que vens?

É raro 
o dia que não reparo
no que tens
quando vens,
mas será que vens?

Lua veio
espreitar o que fizeste.
Nada viu.
Já não deve ver.
Já não deves vir,
afinal,
nunca vieste...

1 comentário:

  1. oh, gosto imensod este poema, tá lindo :) (já venho :P)

    Ellen

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