Naquele acidente
fiquei viva por acidente.
Neste outro acidente
de colisão de corações,
onde morre-se facilmente,
também sobrevivi.
Recupero gradualmente
de tudo o que vivi
a teu lado, indiferente
a tudo o que senti
e deixei crescer.
A semente errada,
que fui aconselhada
a fazer morrer
tornou-se adulta,
mas infrutífera
e chegou a altura
de a cortar com moto-serra.
E deixo o toco,
mas não lhe toco,
e tu não cresças,
não apareças,
ou trituro-te a raíz
e acendo fogo.
Agora quero deixar morrer,
não por acidente,
mas por uma necessidade urgente.
sábado, 2 de fevereiro de 2019
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