Só mais uma vez,
prometo.
Agora vou concentrar
todos os meus sentidos para recordar
eternamente
o momento na mente
sem incomodar
pedindo que aconteça mais e mais.
Só mais uma vez,
prometo.
A não ser que queiras repetir,
por pena ou vontade,
amor ou falsidade,
ainda assim será de qualidade,
porque a fantasia é superior à realidade.
O amor tudo transforma,
tudo permite,
e eu sou a croma
de esferovite
que deixa que me desfaças em bolas frágeis
que o vento só pode roubar
e fugir com os restos mortais
impossíveis de colar.
Impossível de calar
a música que não é nossa,
é de mim para ti.
As recordações que não são nossas,
são minhas de ti.
Mas talvez mais reais que muitas por aí.
Torno real e acabo acreditando
que tudo isto não sou eu meditando.
Amo por ti e por mim,
assim fico ganhando
e sei que não terá fim.
Se eu te perder
não sei se irei rever o amanhecer,
ia perder o emprego, os amigos, a alegria,
porque está tudo pegado a ti como um hímen
e ao te ires a bússola atrofia,
só o blog abundaria
de cartas inconformadas.
Preciso muito de ti!
Levem o ar!
Acho que me serves mais.
Esgotem as fontes!
Minha hidratação vem de fontes especiais.
Envenenem a comida!
Tenho outros bens essenciais.
Privem-me do sol!
Teus raios são mais reais.
Sou fácil de sustentar,
apenas me deixem amar,
não me roubem a minha vida externa,
não me tirem a última cópia de segurança.
Para quê dar-me o nome de interna
numa sala sem esperança?
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
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Verânia, tem aqui um poema de entrega total. Como dizia o poeta "que seja eterno enquanto dure"...
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.