terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Não vou parar!

Seja eu quem te roube
os sorrisos de maior fama.
Seja eu cinza ou corpo podre,
eis quem te ama!
Seja eu alguém que apenas já não tem ação,
mas nunca desejou o fim,
só não teve força para pressionar o travão,
que não existe, é mesmo assim.

Mas serei a neve teimosa  que ergue o escudo contra o sol,
que quer ficar colada na sola do sapato,
ou esconder-se na poeira do chão
que vais pisar sem noção
mas estarei lá,
não para vigiar
mas para poder continuar
com um motivo para pôr o diafragma a trabalhar.

Vou amar-te até ninguém saber quem sou!
E mesmo que esqueçam quero continuar.
Preciso de razões para a luz do sol ainda brilhar
e trazer de volta o que ela roubou.

Vou-te amar até esgotar o mundo!
Até cansar a humanidade com as minhas declarações!
Até eu virar um caso de estudo,
mesmo que digas que não há razões.
Nunca verei assim.
Nunca poderei permitir que me esqueça de ti.

Vou amar-te até o coração doer!
E mesmo doendo não vou parar!

1 comentário:

  1. Um poema muito intenso e sentido. "Vou amar-te até ninguém saber quem sou!" Que decisão forte, amiga....
    Uma boa semana.
    Beijos.

    ResponderEliminar