Ainda era novo,
mas esquecendo-se disso, foi abrindo todos os comprimidos,
que tal como os seus medos, não estavam vencidos.
Foram receitados com atenção,
ouvidas as recomendações, e enfim na farmácia vendidos,
na esperança de comprar paz aos pedaços.
O cérebro também era novo,
mas esqueceu que só tomava metade por dia,
e lá foram quinze parar ao estômago,
que em pouco tempo lhe ardia.
Esse também era novo,
e uma lavagem atempada o renovaria,
mas ele não queria ser socorrido,
a chave era só uma e ele a tinha consigo.
Àquela hora ninguém viria,
tal como ele também não devia.
Inquietante e trágico o seu poema. Não podemos perder a esperança. Só ela nos ajuda.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.