Um coração inquieto,
rebelde quer saltar
mas está demasiado atado
dentro do peito
num estado
que ao espreitar
sei que não devia ter feito.
Os outros ignoram,
pisam e pontapeiam.
Talvez digam amar,
mas nas acções só odeiam.
Amor incondicional
nunca foi tradicional,
e talvez existam poucos motivos,
poucos sorrisos,
ainda assim eu imploro:
Abre os olhos e vê
mais além do choro.
Ergue a cabeça e derruba
todo o alguém que te impede,
que julga ter autoridade de manipular.
Tu sabes que podes manipular também,
podes abandonar a qualquer hora,
a porta está aberta
o carro está à porta,
o wifi está ligado
o telemóvel está com som,
liga-me e vamos embora.
E a solidão tomará conta,
o pânico há-de vir
mas não mais para ti.
O problema não é a vida,
não é a saúde,
não é a pobreza,
é fácil de resolver.
E somos carne e osso
e não ferro e aço.
Eu sei que também erro e faço
mas não temos de brincar com os nossos limites,
nem esquecer como a vida é boa.
Não critiques,
mas protege-te,
faz a escolha certa
vai buscar ao teu baú a força,
parte alguma louça
e mesmo que não me ligues,
lê-me,
e mesmo que não respondas
pensa numa resposta.
Pensa em como eu gosto de ti.
Pensa no futuro.
Pensa em mim.
Pensa que vale a pena.
sábado, 30 de dezembro de 2017
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Um poema muito bonito e cheio da nostalgia que vem do coração.
ResponderEliminarUm bom Ano Novo.
Beijos.