quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Sem contratos

Sentada nas minhas memórias.
sentada lendo histórias
sem as poder apagar,
mas nem sabendo se o quero fazer,
só  lamento não ter a opção.

Sentada nas linhas divisórias
querendo viver
mas vejo sinal proíbido.
Queria te ver,
mas não deve ser permitido.
Tudo está restrito!
O ar também é  esquisito,
podias vir e purificá-lo,
tornar o meu dia bonito,
fazer-me amá-lo
como amo esse sorriso
que não pode ser mais do que a razão do meu,
não pode desabar o meu
nem tornar indeciso.

Quanto vale um minuto teu?
Um abraço, um beijo?
Valor incalculável?
Arranjarei.
Quanto o humano está disposto a pagar para amar?
Depende do tamanho do amor,
mas vai até à própria vida.
Não é simples investida,
não é ilusão vestida,
nem apenas razão para ficar entretida.
É necessidade para ficar viva,
para ver utilidade nos sentimentos,
para mostrar que todos os momentos
são e serão os mais puros,
mais prioritários,
de sentido único.
Os mais solitários,
mas os mais fiéis.
Os mais persistentes,
os menos aproveitados,
mas ainda assim
os mais procurados,
sem serem achados
porque parecem camuflados,
no entanto bem à frente do nariz,
plantados com já forte raíz
alimentada de falsa água
mas ainda assim hidratada,
forte e profunda,
não lhe falta nada,
só até ti uma estrada.
Até lá só há desencontros,
"olás" que eu mentalmente digo,
mas ainda assim eu afirmo
que amo-te sem contratos nem descontos.

1 comentário:

  1. Gostei da ideia de estar sentada nas memórias e recordar os bons e os menos bons momentos do amor...
    Uma boa semana.
    Beijos.

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