Ainda tenho o teu número nos meus contactos.
Não que tencione ligar-te, ou que eu espere que tu me ligues...
Simplesmente é difícil responder sim ao: "Deseja apagar?"
e há na minha mente um talvez.
Um talvez de um dia me poder orgulhar
de que voltemos a falar
e eu possa dizer que nunca apaguei o teu número.
Mas é duro, estar à procura de um contacto e deparar com o teu,
que me faz pensar: "Porque já não falamos?"
Faz vir o aperto de lágrimas aprisionadas,
engolidas por um "vá, continua a procurar por quem querias telefonar."
É também duro pensar que o meu número foi
certamente apagado por ti na primeira oportunidade.
Gostava mesmo de entender o que fiz mal,
para poder fazer mil vezes o contrário,
mas nem a isso tenho direito...
Só há o dever de não te incomodar,
pensas que tudo em mim é hipocrisia,
deixa que te diga que realmente te valorizei, segredos revelei,
com a certeza de estarem imperturbavelmente adormecidos,
mas agora não há ligação entre nós,
não sei se vão ser espalhados, alterados.
Tu tens o dom ridículo de apagar rápidamente
pessoas da tua mente.
Eu tenho o dom de deixar as que quero permanentemente,
talvez também ridículo, quando com as erradas,
mas para mim não são erradas,
já em algum momento provaram merecer parte de mim
E embora agora mudem de ideias, não conseguem contagiar-me.
O que queria que tivesses a certeza é de que estou aqui,
e não sei que fazer ao te ver na rua,
mas se não te abraçar sabe que é só por não saber se tu aceitarias.
Por mim nunca teríamos esta pausa.
Pois é uma pausa que dor causa.
Quero acreditar ser só uma pausa...
terça-feira, 2 de setembro de 2014
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Revi-me. Lindo!
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