domingo, 15 de junho de 2014

Jamais com bolor

Queria acordar, mas não havia sonho,
queria falar, não haviam palavras,
queria andar, não haviam pernas.
Havia sim um aperto
ao viver um pesadelo desperto,
num constante deserto
sem areia como companhia.

Continuo a pensar que um dia vais voltar,
numa volta vitalícia
me descansar de que agora nada se modifica,
tudo se manterá na linda rotina
de quem tudo tinha
só por ter alguém ao lado.
Esperança infinita
e amor jamais com bolor,
é o que eu consigo guardar
o tempo necessário,
o tempo que necessitares
para ter saudade desta que nunca te detesta
qualquer que seja a ofensa.
Se nunca for assim
prefiro acreditar numa mentira,
que seja então uma mentira para sempre adiada,
e que eu nunca tenha a certeza dessa verdade
para assim poder continuar ignorante,
mas confiante

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