sexta-feira, 19 de abril de 2013

Como nunca quis

É assim que eu estou:
Exausta,
aprofundada
em tudo o que já afundou,
tudo o que se perdeu.

Onde quer que olhes,
onde quer que te sentes,
sabe que eu estive aí,
porque eu já estive
em todos os teus sítios favoritos,
há lágrimas minhas em cada canto,
mas visto que foram impelidas por ti
continuam a não ser vãs,
continuam a ser o rasto
para não te perder
embora já me tenha perdido a mim.

Onde quer que andes
eu já pisei o solo,
já me atirei para esse chão
que nem doida aos berros
gritando o nome proibido,
e sempre gastando-te em meus pensamentos.

Porque ainda existe o meu olhar a procurar-te?
Não há em ti final feliz.
Porque ainda há a nostalgia?
Oh amo,
amo como nunca quis.

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