domingo, 28 de agosto de 2011

Inatingível

No fim do meu amanhã
te mostrarei minhas lágrimas
guardadas em exposição,
nas páginas viradas,
ainda intactas.
Não as lerei mais,
mas assim me lembro
que não nasci ontem,
como estes pardais,
no meu ombro
me dizendo onde vais,
mas não entendo,
e nem preciso entender
pois todo o chão que andas racha,
é impossível seguir-te sem cair.

És o que ainda há para saber,
mas és inatingível,
tens medo de ser seguido,
então destróis todo caminho possível,
à tua volta, fingindo
não quereres minha companhia.

Quando quiseres vem,
quando precisares um abraço
sem ser o teu, volta,
não ficarás sem ninguém,
e até te faço
uma casota,
meu cãozinho Joly.

1 comentário:

  1. Minha querida

    Um terno e doce poema...quando se perdem doi muito.

    Deixo um beijinho com carinho
    Sonhadora

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