sábado, 7 de maio de 2011

Não há dia como este...

Indiferente ao vento,
à chuva, ao sol.
Apática ao tempo
que me faz cheirar o cachecol.
Desinteressada com meu apodrecimento,
que me apanha de isca no anzol.
Insensível ao corrimento
de lágrimas de tom bemol.
Desleixada do nascimento,
descuidada sem controlo.
Imune à arrogância,
já não é dura que nem tijolo.
Ausente da abundância
de um grandioso bolo.
Livre da fragrância
que esquece o que é ter solo.
Afastada da ganância,
mas não do consolo.
Retirada da ignorância,
que sempre deu em descontrolo.

Num dia como este nasci,
mas não soprarei alguma vela,
parei o festejo mas nada perdi.
Gosto de ter vida fora da cela,
mas muitos pensam que sou fora-da-lei,
abram a porta, quero fugir como gazela,
para onde melhor respirarei.

3 comentários:

  1. É muita desgraça para uma pessoa só.
    Vamos voltar essa página e sorrir outra vez
    Afinal somos nós que temos de nos defender
    Somos nós que temos de lutar para fazer a vida melhor.

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  2. tão lindo...
    não consigo escrever-te pelo msn dá erro não sei pk e é so cnt. tbm daqui a nd tenho de sair, falamos amanhã então^^

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