Tenho fobia do oscilar da ponte,
tenho medo que o meu olhar te aponte
e percebas que para mim és a fonte
de energia para subir qualquer monte.
Perco a força, perco o rumo
e perco-te também,
nesses teus sinais de fumo,
visíveis para ninguém.
Ao dormir sonho que estou caindo,
uma queda sem fim, sem bater nunca o solo,
como se fosse um poço sem o fundo findo,
fundo sem fendas onde eu rebolo.
Ao acordar sempre sei ser sonho,
estou viva, suponho,
mas a dúvida ainda é grande
e para sempre se expande.
Acordei com o balouçar da ponte,
e o frio que faz neste Fevereiro
até arrepia um rinoceronte
sem chifre num açougueiro.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
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Bom dia, amiga! Hoje eu acordei e percebi que lá fora, não há sol. Chove, uma chuva calma... Dormi sem ter pesadelos e nem sei se tive sonhos... Mas, já começo por sonhar ao ligar o computador e acessar esta página, que trouxe para a minha meditação o calor deste poema simplesmente maravilhoso.
ResponderEliminarTenha um bom dia!
Um abraço
João
Penso ainda não ter agradecido sua visita lá no meu espaço.
ResponderEliminarObrigada e volte sempre
Beijos
Alex
tão real e profundo, faz-nos sentir o que estamos a ler... gosto...
ResponderEliminarEllen