Não consigo ver o termómetro a olho nú,
mas creio que estou muito doente
e tomo aspirina mesmo sem certeza,
sei que o culpado és tu,
que me fazes estar tão contente
que morro de tristeza.
Entro no carro,
fico quieta agarrando um braço
e enquanto fumas teu charro
preparo-me para morrer,
mas não há espaço
para mais morte em mim!
Sei, te importas em fazer-me sofrer,
sempre que meu coração parece bater,
aguardo o fim
com um princípio impaciente
de te ver sorrir,
de te ver contente.
Julgo ser imortal,
deve ser a razão
que me mantenha viva
depois de todo o mal,
toda a mágoa antiga
que não foi em vão,
foram lições gratis,
extra-curriculares,
e enquanto bebo anis
ouço os falares
da tua garganta
que nada diz,
logo nada ouço,
mas no fundo sou feliz
neste fundo escuro de poço!
sábado, 12 de dezembro de 2009
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