Mais uma vez o blog pareceu abandonado,
mas ainda não morri, aliás deve ser bom sinal ele ficar parado,
andar longe da ponte é meu objetivo,
mas parece que ainda tenho um lugar cativo.
Lembram-se de quando a bateria ficava fraca
e em vez de carregarmos substituíamos as pilhas?
Ontem lembrei-me dessa palavra: Fraca.
E dei por mim a chorar por uma pilha fraca,
coisa que antes eu deitava fora sem pestanejar.
Ainda haviam as tretas de rolar na mão para aquecer e voltar a colocar.
Mas já deu o que tinha a dar.
Morreu. Aceita que dói menos.
Não irá ressuscitar.
Isso é só para as recarregáveis.
Eu tenho essa vantagem, eu sou recarregável.
E isto está longe de ser o fim.
Pilhas alcalinas nunca mais.
Na melhor parte da música são fatais.
Escolheu despedir-se de mim e de tudo,
não por morte, mas por fraqueza,
deixando atrás luto
e uma grande tristeza.
Mas eu vou recarregar,
agora até nem fio é preciso,
precisamos é de ter juízo.
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