Tudo é tão estranho,
tudo roda à minha volta
e em vez de agarrar algo, afasto tudo.
E se eu agarrasse algo
não seria o que me faz mais falta,
porque não dá para te agarrar.
No clímax da saudade,
do desespero, é que é possível escrever-te.
Deve ser triste isto.
Realmente tenho tarefas de sobra,
mesmo assim,
compro algum tempo para te escrever,
para tudo o que se gosta consegue-se tempo, não é?
Gostaria de dizer-te que ainda respiro,
que continuo sem ir ao dentista
embora os dentes estejam doendo,
algo como continuar sem visitar-te,
embora morrendo de saudades.
Já não consigo ficar acordada ate à uma da manhã.
Mesmo que possa dormir todo dia seguinte.
Por um lado ainda bem.
Deixa-me escrever
porque se já nem puder fazer isso coitada de mim.
Não sei se esta é a minha vida,
mas são os pequenos momentos
que fui coleccionando.
Tenho sete gatos agora.
Todos perfeitos.
As minhas vaquinhas estão muito obedientes,
o periquito está meio adoentado, eu acho.
As minhas insónias já são passado.
E descobri uma coisa interessante,
o nosso coração consegue bater mesmo todo despedaçado.
Não espero resposta, nem mesmo leitura,
Beijinhos.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
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que bela carta :) minha frase preferida é sem dúvida: "o nosso coração consegue bater mesmo todo despedaçado."
ResponderEliminarLindo título de blog! Bj
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