domingo, 12 de maio de 2013

Verde

Vou esperar o aroma verde voltar,
o triste nostálgico.
Gostava de esperar aqui,
sabendo ser por uma razão,
e existe uma,
ainda estou olhando o teu último suspiro
junto à janela.
Respiraste fundo, para desenhar um coração
no vapor do teu hálito,
e sorriste para a rapariga e ela ficou radiante.
Bateu mais forte o meu cérebro,
cada batida era penetrante.
Felizmente as limpezas por aqui são nulas,
e no vidro é possível ainda
ver o teu indicador riscado
num coração, que não sabe,
mas faz o meu bater.

O cheiro do momento era verde.
Da relva acabada de crescer,
e ainda imagino a cena,
mas comigo em protagonista.
Realmente não vou esquecer,
algo estúpido e que para ambos
já é passado bem passado,
e onde estiverem já perderam contacto.

E se o cheiro verde voltar
saberei no que pensar,
na esperança de um dia ter teu real coração,
não um desenho feito à desajeitada mão.
Mas senão, então não.
Posso viver com esse não.
Ainda há espaço para mais.

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