Escrevo cartas às andorinhas.
Elas não vão responder,
mas assim sei porquê.
Escrevo depois um postal às galinhas.
Elas não vão responder,
mas assim sei porquê.
E depois, porque não,
um email a todos os chacais?
Sim, não responderão,
mas saberei porquê.
Ah e não posso esquecer,
um telegrama urgente aos pardais,
sem obter resposta,
mas sabendo porquê.
Talvez seja indiferente,
mas para mim é diferente.
Cada dia que pensei
foi queimado,
tudo é igual.
Cada dia que gastei
foi esfumado,
mas ainda sem final.
Ninguém pode.
Ninguém sabe como.
E se não há solução, eu grito.
Grito todos os dias, mesmo.
Mas inaudívelmente.
Sei que o amor não leva em conta o dano (1 cor 13:5 )
Mas também não devia levar a fazer o dano.
Ponte,
põe-te no meu lugar.
É fácil,
afinal ambas estamos podres
e suspensas.
Verânia que estás fazendo?
Estou escrevendo,
não é grande cura,
mas ponho em ordem as ideias.
Tremendo de frio
e de ansiedade,
mergulho nas águas geladas,
estas nunca deixam de molhar.
Escrevo nelas
com as minhas pequenas lágrimas.
Escrevo, porque acho que no resto
levo sempre negativas.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Bom dia Verânia!
ResponderEliminarHoje no Brasil é feriado nacional!
Tenho tempo de sobra para ler e escrever.
Ler os seus escritos é sempre motivo para aprender e apreciar o seu estilo marcante.
Um abraço.
Gostei do poema, é bonito, sonante, mas sofrido.
ResponderEliminarNão devias desanimar com as circunstâncias da vida, um dia tudo ficará melhor.
Que a esperança e a alegria te invadam a vida!