domingo, 24 de junho de 2012

Horrível

É horrível,
nunca quis experimentar
pois sabia que ia odiar,
e logo no dia errado.
Será sempre horrível,
ver essa mão acenar,
e sentir o coração a secar,
embora o rosto molhado.

Levanto-me para outro dia,
outro dia às voltas, com os pés ao acaso,
outro com falsa alegria
que esconde a verdadeira mágoa.
Esconder não é apagar,
se apagasse o que restaria?
Oh minha memória só quer falhar,
Se alguém fosse eu o que faria?
O mesmo, o nada, o viver.
Estou no fundo do mesmo,
no cimo e no meio do mesmo.
Estou na mesma em versão pior.

1 comentário:

  1. Essa versão pior estaria na ponta da ponte esperando por alguém ou por algo? Essa versão pior seria tão bela quanto a autora desses versos?

    Força para sair da ponta da ponte e parabéns pelo texto.

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