quarta-feira, 23 de maio de 2012

Parede do sofrimento

Na tempestade de lágrimas tuas
ouço gritos náufragos,
carnes cruas
nos últimos sussurros,
tu não salvas,
tu choras ainda mais,
apressando o afogamento,
choras quando não cais,
pranteias a todo o momento.

Precisava de tanto a meu lado,
precisava de tanto longe de mim.
Corrijo o errado
aplicando o que aprendi,
provando que algo está mudado,
provando que cresci.

Podes levar as recordações,
leva, mas as boas deixa,
as boas são amostras de sorriso
que ainda experimento.
Oh de ti preciso,
mais do que de meus sentimentos!

Na parede do sofrimento
há a minha assinatura,
não sou de reparar, mas vi a tua, nojenta criatura,
que em nenhuma hora me dá um momento
de carinho, de ternura.

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