segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sem minha ajuda

Ainda sou do tempo
em que minha mente era sã,
e no meu quintal saltava muita rã,
sapos (talvez) também,
e espero que o passado volte,
e sei que voltará
pois não espero por coisas inúteis,
não agora...
Pelo menos eu acho.
Enquanto eramos cuidados que nem reis
tudo era fácil,
pelo menos parecia...

Toda a ajuda é benvinda,
e toda a ajuda tem vindo,
ajuda é a palavra linda
que nunca exerceste.
Estás a tempo ainda!
Pelo menos devias.

Eu sou muito fraca para te trazer,
e muito forte para de ti perder,
então fico quieta,
com os olhos em linha recta,
com os ouvidos atropelados
por gritos que morrem junto com seus donos.

Eu faço o nada,
que é tudo o que queres que faça por ti,
tudo o que pediste foi que eu não atrapalhasse,
como podia eu fazer algo que não queres?

Saber como sobreviver,
mas não o fazer é suícidio.
O mundo tem olhos,
tem tudo quanto tu tens,
não há vantagem da parte dele,
por isso não deixes que ganhe-te.
Queres vencer sem minha ajuda,
então ao menos ajuda-te.

1 comentário:

  1. Achei maravilhoso o texto...passei a seguir teu blog,para acompanhar seus trabalhos de perto.
    um abraço
    vera portellla

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