quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Dentro de mim nasceu pó.

Nasceu ou plantaram?

Bem já não sei,
como estava só,
apenas eu presenciei,
já não sei dizer com certeza
o que se passou, faço confusão
se tudo foi por surpresa
ou encomendado por mim, com pressão.

Sinto o pó lá dentro,
e ao tentar limpar espalho mais,
quando eu tiver um sóbrio momento
caminharei para onde vais.
Queria ajuda. Queria a tua ajuda!
Mas para quem todo dia me estuda,
aprendeu muito pouco.
De que te serve essa perseguição
se no fim ainda te vês rouco,
e sem ter ganho a discussão?

Gosto de olhar,
imensas vezes, sem as contar,
para teu par de olhos
luminosos e vazios,
que não sabem aspirar
estes brônquios entupidos
que só ainda funcionam
porque vivem entretidos
com um amanhã esperançoso,
mas um presente preguiçoso
que pouco se aplica por esse futuro
e até lá durmo,
e sei que se não despertar
ninguém se preocupará em me acordar.

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