sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Normal

Eram uma e doze,
e eu desesperando,
como um idoso
no hospital esperando.
Preciso de uma chapada
para acordar,
preciso uma estrada
menos esburacada
que esta, e que não leve a nada,
porque eu não quero ir a lado algum.
Fico aqui, fico isolada,
fico à espera de um
próximo momento
para acordar
com tudo no sítio,
tudo normal,
como no início,
onde não havia o mal.

Mas o mal tornou-se tão normal,
que já parece não haver opção,
as pessoas estão na confusão,
e fecham a porta à solução,
porque para elas não é normal,
não percebem como mudar sua vida,
não percebem, não curam a ferida,
e ela não se cura sozinha.

1 comentário:

  1. Minha querida

    Quanta verdade no teu poema...por vezes a claridade está ao alcance de nós, mas não vemos, adorei e deixo um beijinho.

    Sonhadora

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