sexta-feira, 1 de julho de 2011

Não me sufoquem

Prefiro sentir-me limpa
que ter certeza de estar-me sujando,
mas penso em ti ainda,
ainda não és passado.
Cidade da solidão,
chegamos lá quando nos sentimos em baixo,
com cêntimos na carteira,
tristeza na expressão,
aparentemente verdadeira,
mas temporária sempre.
E quando penso nas alegrias
quase me contagiam,
mas a pressão é tanta,
tantas as armadilhas,
cobertas com manta,
e pisáveis a qualquer altura,
mas nem me espanta,
faz parte do mundo,
no presente o passado afundo,
construíndo assim o estável futuro.

Dentes afiados me mordem!
Vocês não sabem do que falo,
(muitos de vós, que de mim correm)
a verdade é que não me calo,
mesmo que ninguém me ouça,
NÃO ME SUFOQUEM, possa!

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