terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Don't say these words

Oh ser humano desesperado sou!
Não sei o que em nós passou,
se fiz asneira perdoa-me,
se a fiz grande lembra-me!

Muitos me dizem ser forte e que tudo consigo,
mas tenho pontos fracos,
e não saber se estás bem comigo
me faz sensível, me faz um caco.

A verdade é que tenho saudades,
como todos os humanos tenho vontades,
e a de te ver, saber como estás pessoalmente,
saber que não estás ausente,
é a que preciso,
e assim a lágrima atiço.

Quero dar-te um abraço,
sem me preocupar em sufocar,
e em lágrimas me desfaço
ainda sem saber se há algo para me perdoar.

E assim ficar
até secarem as lágrimas,
nem precisas falar,
mas se apetecer, me animas.

Só não digas que me odeias,
que me detestas com todas tuas veias,
não digas também que já não gostas de mim,
peco tanto se te fiz ir por aí!

Isto seria pior que tragédia amorosa,
perder a ti ou a um dos que gosto,
seria razão para a vida ser amarga prosa,
como a lágrima que paira no meu rosto.

Sinto-me fraca,
sinto-me nas tuas mãos,
que queres que faça?
Meus desesperos perguntam

Há pessoas insubstituíveis,
sabes disso, e és uma delas,
não tens saudades minhas?
Existem perdões impossíveis?

Há algo para me perdoar?
Oh sinto que andei a falhar.
Onde?
Não sei.
Sabes mas escondes?

Se te apetecer ser caridosa
fica minha amiga para sempre,
já estou ficando idosa,
preciso teu carinho urgente.

Por favor cuidado comigo,
sou frágil quando dou tudo de mim,
a alguém, a um amigo,
e contigo foi assim.

Não sei que fazer,
ajoelhar não é original,
e se falar talvez não vás entender,
se eu podesse queria que todo o mal
destinado a ti em mim caísse,
e o meu se mantivesse para mim,
não, não é tolice,
quando amo sou assim.

Escrevi à minha amiga Bárbara Barcelos, mas felizmente não passou tudo de um mal entendido, ainda bem! :D

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