quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Não precipites mais...

Chuva,
feita de gotas.
Ao vento a beleza esgotas,
quando no chão tornas-te turva
ou quando me molhas as botas.

Em queda livre te arriscas
mas teu ciclo não te deixa suícidar.
No inverno muito cais, mas por pouco ficas
e no verão também teimas em espreitar.

Agora estendida
sente-se esgotada, a gota,
e muito arrependida
de precipitar-se nesta rota.

Tu e teus clones escorregam no vento,
fortíssimo, mas não o sinto cá dentro.
Quando cais adoro ver-te,
não me preocupo em socorrer-te.

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